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Carlos Eduardo Xavier

quarta-feira, 11 de março de 2009

MARSHALL BERMAN

O livro vai dar um panorama da modernidade: quem somos nós e onde nos localizamos. Ele parte da arte e literatura para ter uma visão da história. O título “Tudo que é sólido desmancha no ar” se deve a fugacidade das coisas no mundo: mas isso como vantagem e desvantagem. Todos os valores são modificados, ocorre uma quebra de paradigma no fim da Idade Média.

FAUSTO

O livro foi escrito em 1806, mas conta a história de um homem que vive a transição Idade Média / Modernidade. Fausto, o personagem representa toda a sociedade e Goethe o coloca em três fases: o sonhador, o amante e o fomentador.

O sonhador: cientista, velho, religioso, solitário, mas com um pensamento na coletividade. Esses eram os princípios da antiguidade que era muito tradicional. Fausto recebe a visita do diabo que pode ser considerado como uma metáfora do “Espírito Moderno”. A partir de então ele se torna jovem e age como um: é o amante, o homem que vai para a rua. Nessa segunda fase ele deixa seu mundo (o passado) e abre portas para um novo mundo, para o novo. A grande primeira mudança é: deixa de ser solitário e começa a viver em sociedade, mas para de pensar coletivamente para pensar individualmente.

Fausto conhece então um grande amor que simboliza a união do amor com a paixão: olhar uma mulher por desejo. Mas essa mulher representa a figura de todas as mulheres: suas transformações, suas tradições. Mas o que importa, no final de tudo, ainda é o próprio Fausto (o indivíduo). Nesse romance Berman critica o tradicionalismo.

O fomentador: Fausto começa a valorizar o trabalho. O trabalho agora é o que dá liberdade: forma de transformar o mundo e a si próprio. Com isso, ocorre uma grande exploração da natureza com a finalidade de usar seu espaço físico (Destruição da natureza e apropriação dos recursos naturais). A relação com o trabalho também muda: antes era obrigatório, agora ele convence seus empregados seduzindo-os ou reprimindo-os.

Os velinhos que aparecem na história representam o tradicionalismo: ele manda “matá-los”. Isso se deve a vontade de mudar sempre, de não poder ver o passado, de mudar o cenário a cada dia para poder atuar.

Na modernidade todos são tragados e se tornam obsoletos (ou você se transforma e transforma, ou você cai fora (isso vale para tudo: nos relacionamentos, no trabalho...). As coisas são feitas para durar pouco, a tecnologia ajuda a produzir coisas que “desmancham no ar”. As igrejas da antiguidade sobrevivem até hoje, mas as novas são feitas para poderem sofrer modificações futuras.

Fausto chega então numa sociedade onde o parecer ter vale mais do que o ser, e isso vamos ver mais detalhadamente nos outros escritos.

MARX

O manifesto comunista vai falar desses problemas causados por essas transformações, por causa da “maquinização” (humana) e por causa da cultura dos limites (rompe ritmos humanos). Fala também da autodestruição inovadora: o homem para construir precisa destruir (o mundo, o outro e a si mesmo).

Marx então afirma que tudo que é sólido se desmancha no ar, tudo que é sagrado é profano: vamos romper com a religião (e a modernidade se distancia dela cada vez mais porque a igreja é tradicional): tiramos uma múmia de seu lugar sagrado e colocamos num museu (profano).

Os valores sagrados de uma pessoa se perdem e o TER vale bem mais. E Berman apresenta uma grande contradição: para Marx, haverá a destruição dessa sociedade que explora o homem livre; para Berman, o que Marx não percebe, é que mesmo essa criação de uma nova sociedade se fará dentro dos pressupostos da modernidade, pois o homem (livre) que ele ve crescendo, é o homem moderno. E ainda: o homem que explora os demais é também fruto da modernidade. O explorado, quando no poder, tenderá a se tornar explorador.

Marx também fala da nudez (nascer despido do sagrado – para ele isso é positivo) e da perda do halo de luz (o homem moderno vive nas sombras, é contraditório).

BAUDELAIRE

O que interesse em Baudelaire é a invenção da cidade moderna: construção da cidade grande, de Paris. O Homem novo precisa ver e ser visto, para isso precisa de espaços comuns: públicos, mas que seja privado.

As cidades modernas acabam sofrendo com o problema da superpopulação. As cidades eram feitas para pessoas, mas agora passar a ser feitas para agilizar a vida individual.

Paris foi reformada para atender essa necessidade de ver e ser visto. São Paulo sofre com a superpopulação por não pensar nisso. Brasília é feita para carros, para o transporte das pessoas: não vemos ninguém nas ruas vendo e querendo ser visto.

Pecados envolvidos nessa modernidade...
1 – Superpopulação
2 – Destruição da natureza
3 – Corrida contra si mesmo

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