Pela nossa história temos uma tendência em competir (JOGO - como raiz da cultura). Hoje, vivemos num mundo competitivo e é no trabalho que temos essa competição mais forte. As pessoas começam a valer aquilo que fazem; aquilo que produzem (quantitativamente e qualitativamente). Nos jornais, nas apresentações de entrevistados, temos o nome, seguido de idade e profissão.
O tempo biológico foi modificado, agora o que vale é o tempo social, o tempo de produção. E cada vez mais cedo somos treinados nesse tempo que vale dinheiro. Para podermos viver no “nosso” tempo, exigimos muito de nós e das pessoas ao nosso redor. Isso causa uma ansiedade: estamos sempre atrás de algo que não sabemos o que é! Essa ansiedade gera a incapacidade de reflexão.
As tecnologias e a comunicação ajudam a ganharmos tempo. Viagens são vendidas com uma apresentação de total aproveitamento do tempo (como se esse fosse dinheiro propriamente dito). Rituais são acelerados: alimentação (fast food), casamentos (não tem mais o atraso)... Motoboys são apressados por nós para entregarem no prazo, mas nós os odiamos por dirigirem rápido.
Ninguém consegue dominar o próprio tempo! Essa competitividade excessiva gera a autodestruição física e psíquica do próprio homem que troca o fim pelo meio: o dinheiro que era para organizar a sociedade agora é a finalidade dela.
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