Segundo Habermas a imprensa periódica tem três fases: comercial, política e publicitária.
Comercial
Século XVII até meados do século XVIII: o jornal comercializava a impressão dos folhetos, notas comerciais, associações (o contexto era o mercantilismo). Começam as publicações literário-filosóficas. Com a Revolução Industrial houve uma revolução na imprensa que nasceu como atividade comercial, mas depois foi reconhecida como força social. O Estado (Igreja) então "censura" as impressões já sabendo desse poder (uma vez que a Reforma Protestante só foi possível por causa das impressões). Vale ressaltar que ela não nasceu controlada!
Política
Com o surgimento da vida citadina (espaços de sociabilidade que não eram nem privados nem públicos) a esfera pública burguesa crescia. Os escritos nos jornais passavam a ser mais informativos: eram dotados de razão e não de opinião, uma vez que os iluministas escreviam. O jornal vira um local de debate, de defesa das vozes. Nesse momento é que o jornal ganha uma grande importância social, fazendo a mediação entre Estado-Sociedade. Porém esse período de "artigos literários" dura pouco: tão logo acaba o feudalismo, tão logo a burguesia vira classe dominante, o jornalismo se mostra lucrativo.
Publicitária
Nessa terceira fase a notícia e a opinião se separam. O contexto vai pedindo muito mais velocidade, objetividade. Nasce o Lead (técnica narrativa). Os jornais começam a se caracterizarem para ganham público (mudam o planejamento gráfico: manchetes, capa...).
Muitos jornais começam a surgir, mas duravam pouco. Isso é uma prova do poder do jornal, cada um queria ter o seu, mas depois pelo alto custo não conseguiam levar pra frente. Entra em cena a publicidade. Isso marca o jornalismo moderno. Não podemos falar nesse jornalismo sem ver seu contexto: crescente fluxo de relações políticas, culturais e comerciais. O modelo do jornalismo passa a ser empresarial: uma empresa que tem como produto a informação.
A vida social vai ficando mais complexa (com o êxodo rural pessoas de várias classes e culturas se juntam). O jornal traz então uma linguagem media para atingir a todos e assim ser agente de sociabilidade. A divisão social do trabalho também vai fragmentar os processos jornalísticos. Ocorre uma centralização das mídias.
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