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Carlos Eduardo Xavier

quarta-feira, 18 de março de 2009

FICHA (01)...

LORENNZ, Konrad. Os oito pecados mortais da civilização.

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SUPERPOPULAÇÃO

Todos os dons recebidos pelo homem através de seu profundo conhecimento da natureza: os progressos da sua tecnologia, de sua química, de sua medicina, tudo aquilo que parecia poder atenuar o sofrimento humano, tende, por um espantoso paradoxo, a arruinar a humanidade.

O pior, nesse processo apocalíptico, é que as qualidades e as faculdades mais nobres do homem são as que aparecem destinadas a desaparecer em primeiro lugar, justamente aquelas que mais estimamos, e que são, com justeza, as mais especificamente humanas.

Nós todos, que vivemos em países civilizados de grande densidade demográfica, ou mesmo em grandes cidades, não temos idéia de quanto nos falta o amor ao próximo, sincero e caloroso.

[...] pequeno número de amigos [...] “not to get involved” [...] atos de desumanidade [...] comportamento agressivo […] falta de amabilidade generalizada [...]

A superpopulação contribui diretamente para gerar todos os problemas, todos os fenômenos de decadência que estudaremos nos sete capítulos que se seguem.

A DEVASTAÇÃO DO MEIO AMBIENTE

Acreditar que a natureza é inesgotável constitui erro amplamente difundido.

Olhando mais de perto, percebe-se que esses seres vivos, considerados como espécie e não com indivíduos, não se prejudicam uns aos outros, mas formam em certos casos uma comunidade de interesses.

Nenhuma transformação lenta provocada, quer pela evolução das espécies, quer por uma modificação progressiva do clima, pode comprometer o equilíbrio de um espaço vital. Ao contrário, intervenções súbitas, por menores que pareçam, podem ter conseqüências de dimensões inesperadas, quando não catastrófica.

Mas isso tudo ainda está longe de ser reconhecido por todos, longe de ter penetrado na consciência pública.

O Ritmo precipitado da vida moderna [...] não deixa aos homens tempo de refletir.

Em sua inconsciência estão mesmo orgulhosos de sua “ação”, enquanto cometem crimes contra a natureza e contra eles próprios.

[...] desejo de obter tudo o mais depressa possível [...]

O homem civilizado que, com um vandalismo cego devasta a natureza viva que o rodeia e da qual ele retira sua subsistência, atrai sobre si mesmo a ameaça de uma destruição ecológica.

Nos grandes conjuntos residenciais vemos freqüentemente que paredes foram levantadas separando as varandas, para tornar o próximo invisível. Não podemos mais, mão queremos mais entrar em contato com o outro “por cima do muro” por medo de vermos refletida nele a imagem de nosso próprio desespero.

As considerações estéticas não têm nenhum peso para aqueles que decidem da construção de uma rua, de uma central elétrica, ou de uma usina [...]

A CORRIDA CONTRA SI MESMO

Heinroth: “O produto mais estúpido da seleção intra-específica é, depois das asas do argusmacho, o ritmo de trabalho do homem moderno”.

A competição do homem com o homem se opõe diretamente, como nenhum fator biológico havia feito anteriormente, à “força benévola e eternamente criadora”, para destruir com brutalidade diabólica a maioria dos valores que ela criou, em nome de considerações puramente comerciais e em detrimento de todos os valores reais.

[...] aquilo que é bom para toda a humanidade, e mesmo que é útil e bom para cada um, perdeu-se completamente de vista. A esmagadora maioria de nossos contemporâneos só dá importância ao sucesso.

Podemos dizer que o erro desastroso do “utilitarismo” consiste em confundir o meio com o fim.

Mas me parece que, muito além da paixão de possuir e do desejo de avançar, a angústia tenha papel preponderante.

Um ser que ainda desconhece seu próprio eu é incapaz de desenvolver um conceito, uma língua, ou uma consciência moral e responsável. Um ser que pára de pensar está ameaçado de perder todas as suas faculdades e qualidades especificamente humanas.

Uma das piores conseqüências da agitação alimentada pela angústia é a incapacidade manifesta que os homens de hoje têm de ficar sozinhos consigo mesmo, ainda que por só um minuto.

Fomentar métodos que consistem em recompensar o consumidor através de um nível de vida mais elevado e a “condicioná-lo” de tal maneira que ele continue em sua desenfreada competição com o próximo.

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